A data é lembrada pelo Dia da Abolição da Escravidão. No MA, mais de 70% da população se autodeclara negra. A lida no campo é de sol a sol. Em Itapecuru Mirim, no norte do Maranhão, fica o quilombo
Felipa, onde vivem 46 famílias descendentes de escravos trazidos da Ilha de Bolore, em Guiné Bissau, na África. O Maranhão é um dos estados com maior percentual de negros do país. Mais de 70% da
população se autodeclara negra e lá também é encontrada grande quantidade de quilombos. Segundo o Centro de Cultura Negra, existem 527 comunidades quilombolas no estado, massomente 23 delas têm o título de propriedade. Cento e vinte e três anos depois da libertação,
os descendentes de escravos que vivem em quilombos ainda lutam pelo direito à terra. Com poucos recursos para produzir, muitos quilombolas vivem em situação de pobreza. Os indicadores sociais são desanimadores. A maioria dos adultos mal sabe ler e escrever.
Neste dia 13 de maio, comunidades quilombolas de várias partes do Maranhão estarão reunidas. A festa será ao som de tambor de crioula, dança típica dos quilombos. Henrique França, coordenador do Centro de Cultura Negra do Maranhão, comenta que celebrar o dia 13
de maio é acima de tudo, denunciar e refletir contra o racismo.
Fonte: Clipping da 6ªCCR do MPF.
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