Carlos Martins, sociólogo |
por Carlos Martins*
Muitas vezes eu me pergunto como o governo de Teotônio Vilela pretende retirar pessoas das condições de pobreza e miséria (se é que realmente quer) com a política de Estado-mínimo?
Como retirar as famílias quilombolas e indígenas das condições de pobreza extrema e absoluta com uma política universal que não respeita as especificidades?
Atualmente nos deparamos com alguns dados que nos deixam muito preocupados porque vemos para onde este governo estadual está levando o estado de Alagoas. Vejamos: entre 1995 e 2008 cerca de 12,8 milhões de pessoas saíram das condições de pobreza absoluta no Brasil. Na região Nordeste a pobreza absoluta caiu 28,8% e a pobreza extrema caiu 40,4%, ou seja, a pobreza diminuiu no Brasil e principalmente no Nordeste. Resultado das políticas específicas e de transferências de renda do governo federal associada à estabilidade da economia.
No entanto, em Alagoas, com um governo que implementa uma política de concepção universal e de Estado-mínimo a pobreza em Alagoas aumenta gradativamente. Vejamos: em 2008, o estado registrou a maior taxa (em todo o Brasil!!!) de pobreza absoluta, 56,6%.
Se compararmos com alguns estados do Nordeste veremos que, enquanto neles a pobreza diminui, em Alagoas a pobreza aumenta: em 1995 o Maranhão liderava com 77,8%, em 2008 caiu para 55,9% e o Piauí que tinha 75,7%, passa a ter 52,9%. Hoje, quem lidera é Alagoas.
Em relação à pobreza extrema os dados também preocupam. Alagoas também liderou o ranking da pobreza extrema no ano de 2008, apresentando 32,3%, seguido do Maranhão com 27,2% e do Piauí com 26,1%.
Esse é o jeito Teotônio Vilela de governar. Universalidade + Estado-mínimo = AUMENTO DA POBREZA.
(*) Carlos Martins
Sociólogo, militante do movimento negro
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